PIDE, Serviços Centrais, Registo Geral de Presos, liv. 28, registo n.º 5448 PT/TT/PIDE/E/010/28/5448. Arquivo Nacional Torre do Tombo

Albino Coelho Júnior

(Lisboa, 10.07.1897 — Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo Verde, 11.08.1940)

Albino Coelho Júnior, filho de Albino Coelho e Maria Madalena da Conceição, nasceu a 10 de julho de 1897 em Lisboa, onde era motorista.
Foi detido pela primeira vez a 9 de dezembro de 1936, seguindo para os calabouços da esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa, onde esteve incomunicável, e depois para a Prisão do Aljube onde chegou a 15 de janeiro de 1937. A 17 de março foi transferido para a Prisão de Peniche de onde sairia em liberdade no início de abril, após ter sido despronunciado pelo Tribunal Militar Especial de Lisboa.

De acordo com o processo que lhe foi instaurado, terá sido aliciado por indicação de Francisco Horta Catarino para participar enquanto motorista em «trabalhos de natureza revolucionária» que acabaram por não se concretizar, tendo sido, por isso, libertado.

A 10 de abril de 1937, voltou a ser preso, seguindo para o Aljube, onde permaneceu treze dias apenas. Não tardou muito até sofrer uma terceira detenção, para averiguações, a 21 de julho de 1937, novamente na Prisão do Aljube, «recolhendo ao segredo» onde ficou em regime de incomunicabilidade e isolamento.

A 6 de novembro de 1937, Albino Coelho Júnior embarcou para o Campo de Concentração do Tarrafal, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, de onde já não sairia. Ali viria a encontrar a morte no dia 11 de agosto de 1940.

Ficha prisional

Outros testemunhos