Mário Cesariny, 1949. © Fernando Lemos FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos

O que importa é não ter medo

26 de Outubro de 2022 - 18h00
AUDITÓRIO DO MUSEU DO ALJUBE

“Em Portugal, o associativismo, assim como todas as expressões das culturas e das identidades LGBT, confrontam-se com uma história de opressão, de negação, de controlo social, que deu forma às características da formação social portuguesa que lhes são adversas.” Fernando Cascais

“O que importa é não ter medo” é o tema da segunda conversa do ciclo em torno da exposição “Adeus Pátria e Família” com a participação de Fernando Cascais, Raquel Afonso e Sérgio Vitorino.

O ciclo prolonga-se ao longo da duração da exposição, onde iremos abordar diferentes dimensões das resistências de diversidade sexual e de género.

Entrada livre, sujeita à limitação do espaço.

Inscrição para: inscricoes@museudoaljube.pt


António Fernando Cascais é Professor Auxiliar da Universidade Nova de Lisboa e investigador do ICNOVA – Insttuto de Comunicação da NOVA. Coordenou os projectos FCT de I&D: Modelos e Práticas de Comunicação da Ciência em Portugal (2004-2009) e História da Cultura Visual da Medicina em Portugal (2009-2013). Autor de Mediações da Ciência (ICNOVA, 2019. Organizou os livros: O vírus-cinema: cinema queer e VIH/SIDA (Lisboa, 2018), Hospital Miguel Bombarda 1968 – Fotografias de José Fontes (Documenta, 2016), Queer Film and Culture (Lisboa, 2014), Olhares sobre a Cultura Visual da Medicina em Portugal (Unyleya, 2014), Indisciplinar a teoria (Fenda, 2004).

Raquel Afonso é antropóloga e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea. É doutoranda em Estudos de Género, sendo a sua tese sobre: “Homossexualidade, lesbianismo e resistência nas ditaduras ibéricas do século XX: estudos de caso em comparação”. É Early Stage Researcher no projeto FAILURE: Reversing the Genealogies of Unsuccess, 16th-19th centuries e faz parte do Laboratorio Iberoamericano para el Estudio Sociohistórico de las Sexualidades. A sua tese de mestrado foi publicada pela Lua Eléctrica (2019), com o título Homossexualidade e Resistência no Estado Novo, distinguida com Menção Honrosa pela Fundação Mário Soares (2020). Publicou ainda vários ensaios em revistas científicas e livros coletivos.

Sérgio Vitorino nasceu em Évora em 1973. Licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNL) em 1997. Foi membro da direção da associação de estudantes entre 1992 e 1995, e ativista estudantil durante toda a chamada “guerra das propinas”. Exerceu jornalismo. É revisor, tradutor e intérprete free-lancer. Foi membro do Grupo de Trabalho Homossexual do Partido Socialista Revolucionário (GTH-PSR) entre 1993 e a sua extinção, em 2001. Em 1990/91, foi co-fundador da associação SOS Racismo, que continua a integrar. Fez parte do Grupo de Intervenção Política da ILGA-Portugal no início dos anos 2000 (Lei de Uniões de Facto), antes de participar da fundação do coletivo Panteras Rosa (Frente de Combate à LesBiGayTransfobia) em 2004. Foi co-fundador da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa em 2000, e da Marcha do Porto em 2006, continuando envolvido na organização anual da primeira.”

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