Seara Nova
Há 99 anos era publicado o 1.º número da Seara Nova.
Os corpos gerentes eram constituídos por Ferreira de Macedo, Jaime Cortesão e Luís Câmara Reys (Direção); Faria de Vasconcelos, António Tomás Conceição Silva e Rodrigo Caeiro Vieira (Mesa da Assembleia Geral); João de Araújo Morais, João Maria Sant’Iago Prezado e José das Neves Leal (Conselho Fiscal). Entre os “Seareiros” contam-se também António Sérgio, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão ou Raul Proença. Para além dos muitos colaboradores que por lá passaram, como Júlio Pomar, Lopes Graça, Ana Hatherly, Irene Lisboa, Bernardo Santareno, Bento de Jesus Caraça, entre tantos outros.
Nesse primeiro número, lia-se: “A SEARA NOVA representa o esforço de alguns intelectuais, alheados dos partidos políticos mas não da vida política, para que se erga, acima do miserável circo onde se debatem os interesses inconfessáveis das clientelas e das oligarquias plutocráticas, uma atmosfera mais pura em que se faça ouvir o protesto das mais altivas consciências, e em que se formulem e imponham, por uma propaganda larga e profunda, as reformas necessárias à vida nacional. “Estávamos em 1921. A Seara Nova seria, como as restantes publicações da época, atingida pela Censura, tendo interrompido a sua circulação entre agosto de 1926 e abril de 1927, justificando que “não se coaduna com o lápis censurial dos oficiais”.
Quando regressa já grande parte da direção se encontra no exílio. 99 anos depois, continua a editar-se!