“Aljube, 1958” – Raul Antero Pedroso Gonçalves – Lisboa
“Aljube, 1958
(…) Lemos da Silva (…) ensaiou outra táctica: ´sabe que pela Constituição Portuguesa não é proibido ir a Moscovo?’ (…) Pedro (…) respondeu à letra: ‘Pois então se não é proibido; eu fui’. (…) Levem o preso para o depósito (…) O arrepiante Aljube. (…) cela 3 (…) 1m2 de superfície (…) num postigo de 9cm x 17cm (…) Dizem que a partir daí, o Pedro nunca mais parou de rir. (…) Por mais bem guardada que seja uma prisão (…) é impossível prender o pensamento (…) Um tilintar de chaves vem chamá-lo à realidade. (…) Prepare-se para ir à Polícia.”
Raul Antero Pedroso Gonçalves – Lisboa