O Grito de Abril — Os murais da revolução portuguesa vistos por Adélia da Fonseca-Riès
«De 1974 a 1976, em Lisboa e por todo o país, a arte da pintura tomou conta das paredes. Para lançar um longo grito, repetido cem vezes, mil vezes: “Liberdade”. O Grito de Abril.
Não restam vestígios do gesto artístico que cobriu as paredes de Lisboa com frescos deslumbrantes. Em poucos anos, o tempo terá feito o seu trabalho de esquecimento. As cores desvaneceram-se ao sol lusíada e chuvas atlânticas.
Os murais da Revolução de Abril fazem, sem dúvida, parte do património imaterial, histórico, político, social e artístico do povo português. 50 anos depois do “Verão Quente” de 1975, e graças ao olhar fixo de Adélia no filme, a rua entra no museu.»
Philippe Riès
Ficha técnica:
Curadoria: Philippe Riès
Desenho expositivo: Philippe Riès e Pedro Santos
Impressão: Centro de Impressão da Foz – Porto
