A Grande Greve do Couço, Junho de 1958.

Morreu uma das Mulheres do Couço, a resistente antifascista Maria Carmina

27 Janeiro 2021

Maria sofreu e resistiu ao fascismo, à miséria, à exploração e à fome com o seu companheiro de sempre, João Camilo, e o seu Partido, o Partido Comunista Português. Ele, destacado quadro e fundador do primeiro Comité Local do PCP naquela terra, esteve preso nove vezes, num total de longos 14 anos. A sua vida foi marcada pela violência da tortura e prisões do marido, pela das dificuldades vividas pelas gentes do Couço.  

O Couço foi sempre uma terra muito castigada pela repressão, tortura e prisões fascistas. Desde 1933, passando pelas marchas da fome na década de 40, até ao 25 de Abril de 1974, o Couço soma mais de 200 prisões, penas que ultrapassam no total, mais de 200 anos. 

“As mulheres do Couço estiveram sempre ao lado dos homens na luta; deram o seu contributo pela conquista de direitos; lutaram nas praças de jorna, nas lutas das oito horas, nas lutas para a formação de um sindicato que nos defendesse, nas lutas contra as burlas eleitorais, nas lutas das malditas prisões, e, nas horas amargas da tortura, estiveram sempre, sempre ao lado dos homens, seus companheiros”. Quem o disse foi Rosa Viseu, outra das heroicas mulheres do Couço. Assim foi também com Maria Carmina. 

À família e amigos, o Museu do Aljube Resistência e Liberdade apresenta as mais sentidas condolências. 

Imagem: A Grande Greve do Couço, Junho de 1958.

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