Encerramento do Instituto Superior Técnico (IST)
Sob a influência das lutas da juventude e dos estudantes um pouco por todo o mundo, e em especial do Maio de 1968 em França, associada ao crescente mal-estar e rejeição da guerra colonial, intensificavam-se as mobilizações estudantis nas universidades portuguesas.
A esta mobilização, Marcelo Caetano respondeu com uma forte violência e repressão: encerramentos de associações de estudantes, suspensões e processos disciplinares, cargas policiais, detenções e prisões, militarização da universidade com entrada da polícia dentro dos recintos, em desrespeito pela autonomia universitária.
Em dezembro de 1968, a PIDE invadia a Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (IST), apreendendo documentos e identificando estudantes. A Associação e o IST seriam encerrados até ao fim das férias, a Direção suspensa e vários estudantes sujeitos a processos disciplinares.
No ano seguinte a luta centrar-se-ia em Coimbra e rapidamente as universidades mergulhariam numa situação explosiva, sobretudo em Lisboa, com encerramento pela polícia de várias associações de estudantes, a colocação dos chamados “gorilas” nas universidades, o assassinato de Ribeiro Santos ou a invasão pela polícia de choque do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) e de novo do IST, encerrado mais uma vez em 1972.
Em novembro de 2019, o Museu do Aljube recebeu a apresentação do livro “O activismo estudantil no IST (1945-1980)” organizado por Luísa Tiago de Oliveira, onde podemos ler sobre esta e muitas outras lutas.