Revolução e a música

3 de Novembro de 2022 - 18h00
AUDITÓRIO DO MUSEU DO ALJUBE

Com Francisco Fanhais e Manuel Pires da Rocha

Biografias

Francisco Fanhais (Praia do Ribatejo, 1941), depois da passagem pelo Seminário conclui, em 1964 nos Olivais, o Curso de Teologia. Ordenado padre em 1965, será professor no Barreiro. Através da canção denuncia a ditadura e vai estabelecer uma intensa relação pessoal e artística com José Afonso.
Depois da participação no programa de televisão Zip-Zip e de gravar Cantilenas e Canções da Cidade Nova, já sob a mira da PIDE, será proibido, por razões políticas, de lecionar e de cantar.
Parte para o exílio em França, ligando-se à LUAR e dando continuidade à sua atividade como cantor e opositor à ditadura do Estado Novo. Após o 25 de Abril de 1974 regressa a Portugal e embrenha-se na Revolução, participando em inúmeras sessões de canto livre e nas Campanhas de Dinamização Cultural do MFA, nomeadamente na Operação “Maio-Nordeste”.
Cantará em sessões de apoio a lutas populares, a cooperativas agrícolas, comissões de trabalhadores e de moradores e em espetáculos de solidariedade com Timor-Leste, a Frente Polisário, a Nicarágua ou S. Salvador. É atualmente Presidente da direção da Associação José Afonso e continua a cantar.

Manuel Pires da Rocha (Coimbra,1962) É diplomado em Violino pelo Instituto Gnessin (Moscovo, URSS, 1988). Integrou comissões para a reforma do Ensino Artístico Especializado. Integrou a direção do Ateneu de Coimbra.
Foi diretor do Conservatório de Música de Coimbra e de Loulé. É músico da Brigada Victor Jara. Participou, enquanto músico, num vasto número de espetáculos e registos fonográficos.
Foi autor do documentário seriado «Povo Que Canta – Passo Segundo», para a RTP. É membro da Assembleia Municipal de Coimbra. É membro da direção do Sindicato dos Professores da Região Centro.
Membro da Comissão Concelhia de Coimbra do PCP.

Sujeita à lotação da sala.
Inscrições para: inscricoes@museudoaljube.pt

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