Composição gráfica a partir de fotografia de Ana Hatherly,1974. © Arquivo Municipal de Lisboa

A Artista saiu à rua

20 de Abril a 31 de Dezembro de 2023

Na véspera de celebrar os 50 anos da Revolução, partilhamos aqui no Museu do Aljube as fotografias feitas por Ana Hatherly no dia 25 de Abril de 1974.

Um pouco por todo o país, ainda pouco se sabia do que se passava na capital e do desenlace do golpe militar. Porém, em Lisboa, as pessoas saíam à rua, celebravam, saudavam os militares, invadiam a sede da Censura e do jornal Época, amigos abraçavam-se num misto de surpresa e alegria, gritavam-se palavras de ordem, rebentava o anseio e clamor pelo fim da guerra colonial, pela conquista da liberdade. O golpe transformava-se numa revolução. Felizmente, Ana Hatherly não seguiu as recomendações emitidas pelo posto de comando do MFA e saiu à rua para registar poeticamente este dia.

Partilhá-las aqui neste parlatório da antiga prisão política é materializar um dever e direito de celebração do 25 de Abril de 1974. Os rituais de celebração das conquistas da liberdade e da democracia são imprescindíveis para percebermos o seu valor e persistirmos na sua defesa intransigente.

Ficha Técnica

PARCERIA: Museu do Aljube Resistência e Liberdade / Arquivo Municipal de Lisboa — Fotográfico
DIRETORA DO MUSEU DO ALJUBE: Rita Rato
DESENHO DE EXPOSIÇÃO: Sofia Teixeira Gomes e Pedro J. Márquez são Memória de Formiga
INVESTIGAÇÃO: Francisco Bairrão Ruivo
DESIGN GRÁFICO: Eduardo Ferreira
COMUNICAÇÃO: Joana Alves e Sara Borralho
PRODUÇÃO: Ana Reguino e Joana Alves
IMPRESSÃO: FinePrint

AGRADECIMENTOS: Arquivo Municipal de Lisboa, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Carlos

Biografias

Sofia Teixeira Gomes e Pedro J. Márquez são Memória de Formiga, cineastas diplomados na Escuela de Cinematografía y del Audiovisual de la Comunidad de Madrid, formando-se Pedro em Direção de Fotografia (2002) e Sofia em Realização (2004). Nos últimos 20 anos, trabalharam nas indústrias cinematográficas espanhola, brasileira, japonesa e cubana. Em Portugal, Sofia realizou o telefilme Vizinhas (RTP, 2022), com direção de fotografia de Pedro J. Márquez, que assina também a longa-metragem luso-brasileira A Viagem de Pedro (2021), entre muitas outras. Sofia colaborou com o Museu do Aljube Resistência e Liberdade na exposição Mulheres e Resistência, no ciclo formativo online «Cidadania, porque sim!» e, juntamente com Pedro, no desenho da exposição A Artista Saiu à Rua (2023). Atualmente, Memória de Formiga desenvolve a primeira longa-metragem de ficção de Sofia, Nave Maria, apoiada pelo programa europeu MEDIA, e prepara a edição do primeiro fotolivro de Pedro, a partir do seu projeto «Under the Rainbow», selecionado no programa Descubrimientos PhotoEspaña (2021).

Isabel Carlos (1962) é licenciada em Filosofia pela Universidade de Coimbra e mestre em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa com a tese «Performance ou a Arte num Lugar Incómodo» (1993). Crítica de arte desde 1991. Assessora para a área de exposições de Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura. Foi co-fundadora e subdirectora do Instituto de Arte Contemporânea, tutelado pelo Ministério da Cultura (1996-2001). Foi membro dos júris da Bienal de Veneza (2003), do Turner Prize (2010), The Vincent Award (2013), entre outros. Co-seleccionadora do Ars Mundi, Cardiff (2008).
Entre as inúmeras exposições que organizou e catálogos que publicou destacam-se: Bienal de Sidney «On Reason and Emotion» (2004), «Intus» de Helena Almeida, Pavilhão de Portugal, Bienal de Veneza (2005), «Provisions for the Future», Bienal de Sharjah (2009). Entre 2009 e 2015 foi directora do CAM_Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. Organizou as seguintes exposições antológicas bem como as respectivas publicações: “Entrada Azul”- Helena Almeida, Casa da America, Madrid 1998; “Tela Rosa para Vestir” – Helena Almeida, Fundacion Telefonica, Madrid 2008; em Lisboa no CAM: “Menina Limpa Menina Suja” – Ana Vidigal, 2010;“Linha de Montagem” – Miguel Palma”, 2011; “Frutos Estranhos” – Rosangela Renno, 2012; “O Peso do Paraíso”- Rui Chafes, 2014; “Luanda, Los Angeles, Lisboa” – Antonio Ole, 2016. “Todos os Títulos Estão Errados” – Paulo Quintas, Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, EGEAC – Lisboa, 2018.

Programação pararela

Visita orientada à exposição “A Artista saiu à rua”
Inserida na programação paralela da exposição "A Artista saiu à rua" , dia 18 acontece a próxima visita orientada à exposição.
18 de Novembro de 2023 - 10h30
Visita orientada por Rita Rato
Inserida na programação paralela da exposição "A Artista saiu à rua" , Rita Rato irá realizar uma visita orientada à exposição temporária.
24 de Outubro de 2023 - 18h00
Visita orientada por Rita Rato
Inserida na programação paralela da exposição "A Artista saiu à rua" , Rita Rato irá realizar uma visita orientada à exposição temporária.
17 de Outubro de 2023 - 18h00