O Camponês, n.º 50, junho-julho de 1955, p.2, Gabinete de Estudos Sociais do Partido Comunista Português (GES-PCP)

José Antonio Patuleia

(São Romão, Vila Viçosa, 03-07-1907 – Lisboa, 20-06-1947)

 José António Patuleia, filho de Francisco João Patuleia e Violante de Jesus Trindade, nasceu em 1907 no Alentejo, em São Romão, Vila Viçosa, onde residia e era trabalhador rural. Membro do Partido Comunista Português (PCP), desenvolvia atividade política nos meios rurais locais, participando, por exemplo, na distribuição do jornal clandestino Avante! ou na recolha de fundos, através da venda de rifas, destinados ao apoio aos presos políticos e suas famílias.

A 8 de junho de 1947, vários elementos do PCP são detidos pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) em Vila Viçosa. José António Patuleia, detido por «atividades subversivas», é colocado no dia seguinte na Prisão do Aljube, em Lisboa. Seguir-se-á o interrogatório às mãos da PIDE, pelo verdugo Fernando Gouveia e o chefe de brigada Mário Silva, responsáveis pela tortura e pelos espancamentos que seriam fatais. Patuleia morrerá a 20 de junho de 1947, ao que tudo indica na Prisão do Aljube após os espancamentos sofridos no 3.º piso da sede da PIDE na rua António Maria Cardoso. Tinha 39 anos.

Outros testemunhos