Duarte Nuno Pinto

Biografia

Duarte Nuno Alves Clímaco Pinto nasceu a 6 de junho de 1939 em Torres Vedras numa família monárquica com quem entrará em rotura por razões políticas.

Aos 18 anos começa a trabalhar como operário fabril, inicia a atividade política, aproxima-se do Partido Comunista Português (PCP), distribuindo o Avante! e participando em reuniões. Em 1962, integra o primeiro grupo de estudantes portugueses que se desloca à URSS, onde permanece cerca de dois anos. Regressado a Portugal, numa situação de clandestinidade, participa na organização do sector operário na zona oriental de Lisboa e é responsável por uma tipografia clandestina em Camarate.

É preso pela PIDE, em dezembro de 1964, após a denúncia do responsável do PCP pelo sector estudantil em Lisboa, e sujeito a várias sessões de tortura do sono. Condenado, em Tribunal Plenário, a três anos de prisão maior e mais três anos de medidas de segurança, dos quais cumpre cerca de metade. Depois da passagem pelo Aljube, a pena é cumprida na Prisão de Peniche. É libertado em 1969, iniciando a atividade como diretor fabril. Dedica-se à atividade sindical e será presidente da assembleia-geral do Sindicato das Madeiras.

Com o 25 de Abril de 1974, participa na mobilização pela libertação dos presos políticos no Forte de Peniche. Fará parte Comissão Administrativa para a Câmara Municipal de Torres Vedras. Foi vereador na Câmara Municipal de Loures, presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Loures (1983-1990) e presidente do Conselho Diretivo da Associação de Municípios para o Gás Natural.

Data de Recolha: 16.05.2018

Palavras – Chave: Clandestinidade, Prisão, Peniche, Prisão do Aljube, PIDE, Interrogatórios, Tortura, Família, Diferença de Classe, PCP, Tipografias Clandestinas.

Ver testemunho na Íntegra

Outros testemunhos