Helena Pato
Biografia
Maria Helena Martins dos Santos Pato Noales Rodrigues nasceu a 19 de abril de 1939 em Mamarrosa (Aveiro). O pai estivera sob vigilância da polícia política e o avô fora preso. Em 1956 entra para a Faculdade de Ciências. Adere ao Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil, participa nas lutas contra o Decreto-Lei n.º 40 900 e em atividades associativas e do Cineclube Universitário. Como dirigente estudantil está na crise académica de 1962, sendo detida durante 48 horas.
Após o 1.º de Maio de 1962, o marido, Alfredo Noales, parte para Paris. Helena juntar-se-á a ele pouco depois. Porém, diagnosticado com um linfoma mortal, Noales pede autorização à PIDE, inicialmente negada, para vir morrer a Portugal. Ao chegar, em novembro de 1965, é de imediato levado para a sede da PIDE, sendo libertado horas mais tarde. Um mês depois morreria.
Com atividade política crescente no Partido Comunista Português (PCP) e na Comissão de Socorro aos Presos Políticos, Helena Pato é presa em junho de 1967 na prisão de Caxias. Suspeita de ligações à luta armada, é submetida a um longo período de isolamento, agressões e tortura do sono. É libertada em novembro de 1967. Em 1969 está na fundação do Movimento Democrático das Mulheres (MDM) e participa na campanha da Comissão Democrática Eleitoral (CDE).
Depois do 25 de Abril integra a comissão instaladora do sindicato dos professores. Foi dirigente do Movimento Não Apaguem a Memória (NAM), é autora de livros e coordena a página Antifascistas da Resistência e o grupo “Fascismo Nunca Mais” no facebook. Colabora de forma regular com o Museu do Aljube desde a sua criação.
Palavras – Chave: Mulheres, Solidariedade, Prisão, PIDE, Socorro aos presos políticos, Interrogatórios, Tortura, Isolamento, Caxias.
Data de Recolha: 30.09.2015