Margarida Tengarrinha

Biografia

Maria Margarida do Carmo Mendes Tengarrinha Campos Costa nasceu em Portimão, a 7 de maio de 1928. Aos 20 anos entrou para o Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil. Envolve-se nas lutas estudantis na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) e participa nas Exposições Gerais de Artes Plásticas. Na sequência da contestação à reunião da NATO decorrida em Lisboa em 1952, é expulsa da ESBAL e proibida de frequentar todas as faculdades do país e de lecionar. Entre 1952 e 1954 fez parte da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Adere ao Partido Comunista Português (PCP) em 1952. Em finais de 1954, mergulha na clandestinidade com o companheiro, José Dias Coelho, que seria assassinado pela PIDE em 1961. Na clandestinidade, ocupou-se da de falsificação de documentos, pondo temporariamente de parte a atividade artística, e de funções na redação do Avante!.

Em 1962, parte para o exterior. Trabalha com Álvaro Cunhal e, depois, na Rádio Portugal Livre em Bucareste.  Antes e depois do regresso a Portugal, em 1968, mantém a colaboração com o Avante!. Trabalhará ainda no jornal A Terra, nos organismos do Trabalho Camponês da Organização do Norte e de Lisboa e na Direção Regional do Norte. Em 1974, torna-se membro do Comité Central do PCP e, em 1975, integra a Direção Regional de Lisboa. Foi deputada à Assembleia da República e publicou diversos livros, entre os quais Memórias de Uma Falsificadora – a Luta na Clandestinidade em Portugal.

Data de Recolha: 08.03.2017

Palavras-chave: PCP, Manifestações, MUD Juvenil, Estudantes, José Dias Coelho, Clandestinidade, Aparelho de falsificação, Imprensa Clandestina.

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